A inserção de epistemologias feministas e interseccionais no ensino de filosofia
DOI:
https://doi.org/10.36517/arf.v17iespecial2.96133Palavras-chave:
Filosofia. Feminismo. Educação. Epistemologias. Currículo.Resumo
Este artigo parte da necessidade de repensar o ensino de filosofia a partir de uma perspectiva feminista, especialmente no contexto da educação básica. O objetivo é propor uma prática pedagógica crítica que valorize epistemologias feministas — com destaque para o feminismo negro — como ferramentas de transformação curricular e política. A metodologia adotada é de natureza teórico-reflexiva, baseada em revisão bibliográfica de autoras como Patricia Hill Collins, bell hooks, Grada Kilomba e Djamila Ribeiro, articulando suas contribuições ao campo da educação filosófica. Os resultados apontam que o ensino de filosofia, quando atravessado por epistemologias feministas, amplia o repertório crítico dos estudantes, promove o reconhecimento de vozes historicamente silenciadas e tensiona estruturas de poder presentes na escola. Conclui-se que essa abordagem não apenas enriquece o currículo, mas também fortalece práticas educativas comprometidas com a justiça social e a emancipação intelectual.
Downloads
Referências
ARALDI, E. Contribuições do pensamento feminista para uma explicação localizada da educação e da aprendizagem. Observatório de Educação, 2022. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br. Acesso em: 24 ago. 2025.
ARENDT, H. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1970.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
CARNEIRO, S. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. In: SILVA, P. B. (Org.). Pensamento negro: reflexões sobre o racismo e antirracismo. São Paulo: Papirus, 2005. p. 115-126.
COLLINS, P. H.; BILGE, S. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.
COLLINS, P. H.; BILGE, S. Intersectionality. Cambridge: Polity Press, 2016.
FEDERICI, S. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 2019.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1987.
GONZALEZ, L. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: SILVA, P. B. (Org.). Pensamento negro: reflexões sobre o racismo e antirracismo. São Paulo: Papirus, 1988. p. 75-82.
GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: HOLLANDA, H. B. de (Org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. São Paulo: Bazar do Tempo, 1984. p. 223–231.
HOOKS, b. E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo. São Paulo: Rosa dos Tempos, 1995.
HOOKS, b. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. São Paulo: Cobogó, 2019.
RIBEIRO, D. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento; São Paulo: Pólen, 2017.
RIBEIRO, D. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Suzana Oliveira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos (SOBRE COPYRIGHT E POLÍTICA DE ACESSO LIVRE):
1. Autores mantém OS DIREITOS AUTORAIS concedidos à revista OU Direito de Primeira Publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado à Atribuição de Licença Creative Commons (CC BY) que permite o compartilhamento dos trabalhos com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm permissão para aceitar contratos, distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo: publicar no repositório institucional ou como um capítulo do livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (por exemplo: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) mesmo durante o processo editorial, haja visto que isso pode aumentar o impacto e citação do trabalho publicado.






._._3.png)
._._._.png)