LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: INCLUSÃO SOCIAL E PENSAMENTO CRÍTICO ATRAVÉS DE UM PROJETO DE MEDIAÇÃO DE LEITURA

Resumen

No século XXI, diante de um cenário de luta pela inclusão social, a literatura brasileira contemporânea passa a refletir de forma mais efetiva a diversidade do país, como a parcela negra da população, as mulheres e a comunidade LGBTQUIAP+, invisibilizadas pela dominância histórica e social. Deste modo, como autores, eles se tornam vozes emergentes que usam a literatura para abordar problemáticas sociais vivenciadas sob sua perspectiva. Nesse contexto, muitos optam para este fim o recurso da autoficção em suas narrativas, proporcionando uma dialética entre a sua realidade e a ficção. Neste contexto, a professora doutora Gleyda Cordeiro Aragão promoveu o projeto “Literatura brasileira contemporânea: vozes emergentes, memória e autoficção”, no qual os bolsistas PRAE-BIA participaram de encontros semanais para discutir obras selecionadas democraticamente, sendo elas divididas em dois momentos: um de leitura e exposição de impressões pessoais sobre o texto e, em seguida, um mais analítico, em que duplas apresentam temas específicos sobre o conteúdo e depois disponibilizam o material produzido para a pesquisa e discussão. Com isso, foram abordados livros como A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, que trabalha a questão do esquecimento das mulheres nos lares e o Peso do pássaro morto, de Aline Bei, que retrata as emoções e primeiras perdas, dentre outros. Através disso, os participantes são influenciados a conhecer e discutir novos autores nacionais, normalmente não contemplados durante o curso de Letras, e explorar novas perspectivas, além de compartilhar sua opinião sobre as obras, o que estimula o pensamento crítico e uma melhor atuação profissional e pessoal.