O ENSINO DE FILOSOFIA NO NÍVEL MÉDIO: A LUTA E A RESISTÊNCIA FRENTE AOS DESAFIOS ENFRENTADOS.

Abstract

A relação da escola pública com a área de ciências humanas é sinônimo de resistência, principalmente em relação à disciplina de Filosofia que está atrelada a uma serie de interpretações pré-estabelecidas na sociedade. Entre elas, está a questão do ensino Filosofia no Nível Médio. Isso depende muito de como enxergamos o ensino de Filosofia e qual o seu papel no processo de transformação social. Tomando essas considerações esta pesquisa, de caráter documental, objetiva demonstrar a necessidade de uma luta e resistência frente aos desafios enfrentados nas mudanças da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa necessidade parte da situação de sucateamento da educação pública no País. Isso acaba refletindo de maneira negativa na qualidade do ensino, que exerce um papel de suma importância na construção de uma sociedade democrática. Os nossos resultados parciais demonstram que o ensino de Filosofia vivência um momento crucial diante das mudanças propostas pela BNCC, um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens dos alunos, incluindo a área de humanas onde se situa o ensino de Filosofia. Em nossas conclusões pudemos perceber que trata-se de um documento que não exclui a filosofia, mas também não dá diretrizes rígidas para a sua configuração no Ensino Médio. Desse modo, o futuro incerto da disciplina de Filosofia no currículo escolar tem despertado uma serie de discussões em torno da permanência do seu ensino na unidade curricular das escolas. E um ponto importante é a participação dos profissionais da área nessa discussão e o engajamento das escolas nessa luta de resistência. Esse dialogo precisa continuar e ganhar força, no sentido de ter a participação de pessoas para seguir nessa luta pela permanência do ensino de Filosofia como disciplina no Nível Médio.