ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA EM FOUCAULT, DELEUZE E GUATTARI

Resumo

A pesquisa busca investigar a concepção do conceito de Estética da Existência no pensamento dos filósofos da diferença Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault. Tentamos abordar como os conceitos articulados entre os pensamentos desses teóricos de diferentes abordagens cooperam para ampliar o olhar sobre a vida, através do conceito de Estética da Existência que podemos compreender como uma vida a ser produzida, que não é produto das normas e padrões da cultura. Pensar a vida como obra de arte, rede de forças em constante dinâmicas que permitem aos sujeitos contemporâneos resistir às formas de dominação subjetivas do capital e do Estado. Deleuze e Guattari entendem o capitalismo como força que atravessa todos na sociedade contemporânea, e de certa forma, produz sujeitos homogêneos. A proposta da Estética da Existência vem para alertar que a vida está passível de invenção, e que os modos de vida não são normas nem prerrogativas que devem ser seguidos. Mas as sociabilidades são forças em construção, movimentos. Os estratos, espaços estriados do Estado, do mercado, das identidades rígidas não devem prender a possibilidade de criação de vida nos espaços lisos, nos encontros, nos devires. Com relação mais aproximada com a arte contemporânea, onde a separação rígida entre arte e vida não é mais a regra, podemos ver surgir performances, instalações dentre outras linguagens que permitem aos artistas a experimentação e criação de uma Estética da Existência. Então, mesclando discussão teórica dos autores e apresentação de obras e processos de artistas, podemos articular a e movimentar os conceitos na produção de diferença na vida e no pensamento.