CULTURAS DAS IMAGENS E INFÂNCIA: REFLEXÕES SOBRE CURRÍCULO E COTIDIANO

Resumen

Na contemporaneidade, a cultura das imagens é uma sólida e real área de pesquisa na relação interdisciplinar entre currículos da educação básica. O termo tem sido usado a ampliação de um conteúdo que abrange obras provenientes das belas artes, imagens e objetos da cultura popular, imagens digitais, imagens e desenhos feitos pelas crianças, bem como todas as formas de imagens estáticas ou não voltadas para o campo visual. Trabalhar com eventos visuais em conteúdos educacionais nas séries iniciais implica estar ciente de questões como “quando se olha”, “como se olha”, “onde se olha”, “quem se olha”, “o que se olha”. A imagem, o objeto, a materialidade, o suporte e a influência do entorno retribuem o olhar do espectador. Em contrapartida, inspirados pela teoria crítica, pelo construtivismo e pela experienciação, defendemos que o uso de imagens em conjunto com outros fenômenos visuais constitui um processo cultural de aprendizagem de literacia semelhantes as formas pelas quais as crianças adquirem a língua falada e escrita. Por conseguinte, o modo como nos relacionamos com os fenômenos visuais e imagens são social e culturalmente determinados. Em uma perspectiva pedagógica, ou da “pedagogia das culturas visuais”, nenhum tipo de fenômeno visual é excluído, classificado previamente ou constituído normativamente, todos são considerados relevantes, construídos com base em outros fenômenos visuais e signos, empregados em diversos contextos e em constante mudança. Com isso, com o objetivo de criar formas dinâmicas de pedagogia de cultura visual, refletimos sobre a possibilidade de construção de um currículo para as séries iniciais baseado na multimodalidade, sob a forma de imagem e texto/fala, música/sons, oferecendo oportunidades ilimitadas no âmbito educacional na infância. Como fundamentação teórica, citamos pressupostos de John Dewey, Paul Duncum, Mie Buhl e Ingelise Flensborg.