EU QUERO VIVER

Resumo

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Em 2016, foram 127 mortes, uma a cada 3 dias. A expectativa de vida delas é de 35 anos, menos da metade da média nacional, que é de 75 anos. Em fevereiro deste ano em Fortaleza, a travesti Dandara dos Santos foi espancada brutalmente por 5 jovens a luz do dia enquanto a população local assistia passivamente. Das diversas ligações que foram realizadas à polícia, nenhuma viatura apareceu para socorrê-la. Mas por quê? Travestis e transexuais não existem. Não têm direito à vida. A luta pela vida destas meninas é constante. Cada dia sobrevivido é vitória. Sim, sobrevivido, porque grande parte esmagadora destas mulheres não têm uma vida digna, lhes é negado educação, saúde, trabalho, meio social, lazer, sem citar todos os determinantes sociais de saúde que as matam pouco a pouco. Elas vivem à margem da sociedade, entregues a sorte. EU QUERO VIVER nasce da tentativa de tocar as pessoas de alguma forma. A dança tem este poder da sensibilização, da emoção carreada nos movimentos. EU QUERO VIVER traz uma reflexão desta invisibilidade, desta negligência. O intuito do trabalho é tentar mostrar as fragilidades destas meninas e o descaso da sociedade para com elas. EU QUERO VIVER traz uma carga de sentimentos e conflitos. Travestis e transexuais existem e merecem viver! Necessidades técnicas: aparelhagem de som, iluminação em tons de azul e rosa, linóleo, mesa de som para pendrive ou CD, palco e material para projeção de imagem. Participantes: Guilherme Arruda Carneiro, Jessica Melo Apontes, Stephanie Alves Veloso, Glaydson de Araújo Ferreira, Gustavo de Oliveira Gomes, Jéssyca Nogueira Noberto, Lara Cecília de Moura, Enock Lee Rodrigues Braga, Bruna Tiago Lopes Moura, Stephany Arruda Santos, Samylia Mota de Andrade, Jéssica Raquel Gonçalves Silva.