ANSIEDADE INFANTIL E MEDO NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: FATORES ASSOCIADOS E ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM

Resumo

Embora a ciência odontológica tenha avançado bastante nos últimos séculos, não só nas técnicas aplicadas, como também na abordagem dentista-paciente, ainda persistem o medo e a ansiedade como barreiras ao tratamento odontológico. Ademais, em se tratando de crianças, as dificuldades podem ser potencializadas. O trabalho teve como objetivo situar, na literatura recente, a ansiedade infantil e o medo no atendimento odontológico. As bases de dados recorridas para a revisão foram a Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico. Foram utilizadas as palavras-chave: "Ansiedade", "Odontologia" e "Infantil" – entrada em língua inglesa. Foram filtrados artigos de 2005 a 2017, e recuperados 327 registros. Após a leitura de abstracts (resumos) foram selecionados 68 artigos para a análise, tendo como critérios de inclusão a abordagem dos fatores relacionados ao medo/ansiedade e as estratégias de manejo. Foi produzida uma matriz de síntese dos resultados e categorização dos fatores relacionados ao processo de medo e ansiedade infantil, bem como as estratégias de manejo das situações colocadas ao profissional. Com a análise, observou-se que a ansiedade infantil odontológica está associada, principalmente, a experiências prévias, dolorosas ou não, e à ansiedade dos pais. Os resultados apontaram que as manifestações de medo e ansiedade devem ser abordadas por meio de uma comunicação eficaz entre os profissionais e as crianças, consultas de rotina e procedimentos educativos e preventivos. Foi identificada como potencial lacuna, para estudos posteriores, o acolhimento à criança e familiares, tanto no âmbito clínico quanto no comunitário, enquanto estratégia para lidar com o medo e a ansiedade infantil, relacionado à atenção em saúde.