CULTURA DE MASSA, CORPO E PROTESTO NO BRASIL DOS ANOS 1970
Resumo
A formação da cultura de massa não é tão somente efeito do desenvolvimento técnico, mas a intersecção da técnica com novas formas comunicacionais, nas quais a escrita não mais ocupa o centro referencial, dividindo-se na tríade “verbo-voco-visual”, ou seja: escrita, voz e visibilidade . Nessa nova forma de comunicação, o corpo e as imagens corporais assumem dimensão não experimentada em outras modalidades de cultura – surge a hiper visibilidade dos corpos e com ela um novo modo de tornar-se sujeito na sociedade cada vez mais marcada por indivíduos atomizados (Lima, 2002). A pesquisa investiga a relação entre a consolidação da “cultura de massa” e os protestos – mas especificamente as ditas “músicas de protestos” (Contier, 1998) -, durante o ano de 1968, no Brasil, tendo como fonte principal as revistas de grande circulação Veja e Manchete, nas quais esse debate aparece. Assim, discuto a relação desse novo perfil de cultura e suas implicações na juventude engajada politicamente, que, doravante, não pode mais ignorar o fenômeno. Compreendemos que há uma articulação entre consumo e protesto, no qual o consumidor também passa a exercer poder (Canclini, 1997). Nesse sentido, percebemos o papel da visualidade (principalmente em razão da TV) nos movimentos da “juventude”, que se torna um poder no período analisado, bem como a aglutinação em torno do corpo e do que se apontou como um primeiro ensaio do “individualismo” no Brasil (Sant’Anna, 2014).Downloads
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Publicado
2021-01-01
Como Citar
Alysson Silva Pinheiro, F., & Pereira da Silva, J. (2021). CULTURA DE MASSA, CORPO E PROTESTO NO BRASIL DOS ANOS 1970. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2074. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/75197
Edição
Seção
XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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