ROMANCES DE ARRANHA-CÉU: A CIDADE MODERNA E A DICÇÃO LÍRICO AMOROSA EM ORESTES BARBOSA

Autores

  • Lucas Assis de Oliveira
  • Joao Ernani Furtado Filho

Resumo

O presente trabalho se concentra na análise das letras de Orestes Barbosa, em vista dos registros sonoros dos anos de 1930 a 1940, e de sua "poesias escolhidas", publicadas em volume no ano de 1965, pelo editor J. Ozon, em razão do IV Centenário do Rio de Janeiro. Neste ponto, vale dizer, o letrista não se aparta do cronista, do homem do jornal, e a cidade, o Rio moderno, incide diretamente na sua obra – ou, como registra Millôr Fernandes, foi também por ele inventado, uma vez que sua crônica/letras se concentram no período de grandes "transformações" na então Capital Federal, como a derrubada do Morro do Castelo e, depois, a abertura da Av. Presidente Vargas. Para esta aparesentação, destacamos do repertório de Orestes Barbosa, entre outras letras, as seguintes valsas, sambas e canções, "Arranha-céu"(1937), "Saudade do arranha-céu" (1933), Bungalow (1930), "Meu erro" (1930) e "Flor do asfalto" (1931). As letras de canções de Orestes Barbosa revelam a coincidência desgraçada de um destino, o amor sufocado pelo arranha-céu e pelo asfalto, um sujeito lírico abandonado por uma mulher interesseira e cruel. Em vista da literatura do período, a exemplo de Benjamin Costallat e Marques Rebelo, por exemplo, a diccção lírico amorosa de suas letras repete se repete como paradigma da cidade; ou melhor, como cidade-mulher, em meio a atração e a repulsa, dilema que não quer dizer, porém, uma recusa às promessas do "progresso", embora exponha suas (amorosas) contradições.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Assis de Oliveira, L., & Ernani Furtado Filho, J. (2021). ROMANCES DE ARRANHA-CÉU: A CIDADE MODERNA E A DICÇÃO LÍRICO AMOROSA EM ORESTES BARBOSA. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2357. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/75480

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação