TESTE DE ADSORÇÃO DE SURFACTANTE ANIÔNICO EM MATERIAIS EMERGENTES PARA USO EM WETLAND CONSTRUÍDO

Resumo

A remoção de surfactantes é um processo importante no tratamento de águas residuárias para a proteção da qualidade da água no qual será descartado porque esses compostos podem causar uma série de impactos negativos ao ecossistema aquático (Palmer e Hatley, 2018). Os tratamentos não convencionais são opções de uso para tratamento de águas residuais contaminadas por esse poluente, como por exemplo os sistemas de wetland construído. Esta pesquisa teve como objetivo estudar a capacidade de adsorção de surfactante aniônico nos substratos não convencionais a serem utilizados em um wetland construído, Tijolos cerâmicos e Conchas Marinhas (anomalocardia brasiliana), ambos resíduos de atividades econômicas e que podem ser promissores na remoção, já que a adsorção é um dos principais mecanismos de remoção. Para realização do ensaio, os substratos foram lavados em água corrente e secos ao ar livre para a retirada de impurezas. Foram pesados 100g de cada substrato colocado em um becquer de 1 L contendo 600 mL da água residual sintética. Os ensaios foram realizados em 3 (três) réplicas com amostragem nos tempos de 0,5,10,15,20, 30 e 60 minutos para as conchas e de 0,2,5,7,10,15 e 30 minutos para o tijolo cerâmico. Por fim, foram observadas as concentrações de saturação para cada um dos materiais avaliados. A concha marinha alcançou o ponto de saturação em 10 minutos, no qual resultou em uma capacidade máxima de 0,000011 g/g. Em 15 minutos foi o ponto de saturação para os tijolos cerâmicos, com capacidade máxima de 0,0000351g/g de adsorção. Logo, os tijolos cerâmicos são 3,6 vezes mais adsorventes de surfactante aniônico que as conchas marinhas. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível -Superior Brasil (CAPES)- Código de Financiamento 001