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Foucault, 40 anos. A coragem, ousadia e compromisso de uma escrita crítica

Résumé

“Não escrevo um livro para ele ser o último. Escrevo para que outros livros sejam possíveis, não forçosamente escritos por mim”. A frase presente numa entrevista concedida por Michel Foucault em 1971 singulariza a marca de desdobramento e continuidade de sua obra. O ano de 2024 marcou os 40 anos da morte do filósofo francês com uma série de eventos, publicações, conferências e debates realizados em várias Universidades mundo afora. Consta de sua biografia que até os seus últimos momentos trabalhou em dois volumes de A História da Sexualidade. Sua morte não marcou o fim das suas publicações que seguem instigando pesquisadores de diferentes áreas. A revista Passagens, do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC), publica esse segundo volume ressaltando não apenas a atualidade do pensamento e das provocações feitas pelo francês como, ao mesmo tempo, demonstra o caráter de ousadia em se pesquisar a obra de Foucault atravessando diferentes disciplinas.