Desigualdades sociais e mortalidade na COVID-19: estudo transversal no nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.36517/rmufc.v65e83512.2025Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva, COVID-19, Comorbidade, Fatores Socioeconômicos, Ventilação mecânicaResumo
Objetivo: Analisar a associação entre as desigualdades sociais e condições socioeconômicas e a mortalidade por COVID-19 em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital do nordeste brasileiro, de abril de 2020 a junho de 2021. Métodos: estudo transversal, descritivo e analítico realizado com casos confirmados de COVID-19 através de amostra por conveniência de 235 pacientes. Na análise descritiva utilizaram-se frequências absolutas e percentuais, média, mediana e desvio padrão. Na inferencial utilizou-se o teste de qui-quadrado de Wald, considerando-se p<0,20. No modelo ajustado utilizou-se a regressão de Poisson com p <0,05. O teste de Omnibus verificou a significância do modelo ajustado. O teste t de student comparou categorias/grupos. Resultados: dos 235 pacientes a maioria teve óbito como desfecho (63,8%), eram do sexo masculino (60,8%), idade igual ou maior a 60 anos (51,1%) e com comorbidade (64,7%). Tempo do início dos sintomas até a internação igual ou maior que nove dias (53,6%), fez uso de suporte ventilatório invasivo (64,7%) com tempo de internação igual ou maior que 9 dias (70,6%). Na análise espacial os óbitos ocorreram naqueles provenientes de áreas desfavorecidas. Conclusão: a mortalidade hospitalar observada foi consistente com as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde de qualidade durante a pandemia.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Medicina da UFC

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.