REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ACADÊMICOS DO CURSO DE PEDAGOGIA SOBRE A DISLEXIA

Autores

  • Solange Franci Raimundo Yaegashi Universidade Estadual de Maringá
  • Rita de Cássia da Silva Camacho Universidade Estadual de Maringá
  • Luciane Guimarâes Batistella Bianchini Universidade Norte do Paraná
  • Luciana Maria Caetano Universidade de São Paulo

Resumo

Esta pesquisa, de natureza qualitativa, teve como objetivo investigar as representações sociais de discentes do 4.º ano do Curso de Pedagogia de uma universidade pública de Maringá (PR), a fim de averiguar se estes futuros profissionais serão formados com os conhecimentos necessários para atender aos alunos com dificuldades de aprendizagem, em especial aos disléxicos. Como referencial teórico-metodológico, respaldamo-nos na Teoria das Representações Sociais, de Moscovici e seus discípulos, bem como em autores que discutem a dislexia. Para a realização da pesquisa, utilizamos um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semiestruturada. Examinamos as respostas dos participantes por meio de categorias de análise elaboradas segundo a proposta de Bardin. Os resultados revelam que a maioria dos entrevistados entendem a dislexia como uma dificuldade de aprendizagem em leitura e escrita, mas não souberam especificar as principais características desse transtorno. Dos nove entrevistados, nenhum afirmou estar apto a trabalhar com crianças que possuem dislexia. Chegamos à conclusão de que é de suma importância que se repense a estrutura curricular do Curso de Pedagogia, para que as disciplinas possam melhor instrumentalizar o futuro profissional para lidar, de forma adequada, não apenas com a dislexia mas também com as demais dificuldades apresentadas pelas crianças durante o processo de alfabetização e letramento.

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Publicado

2018-07-21

Edição

Seção

Artigos