Que horas eram?

Autores

  • Luiz Philip Gasparete Universidade Federal de Juiz de Fora

Resumo

O trabalho realiza uma comparação das interpretações feitas no ensaio “Machado Maxixe” por José Miguel Wisnik e no artigo “Entre o violoncelo e o cavaquinho” por Idelber Avelar a propósito dos contos “O machete” (1878) e “Um homem célebre” (1888), ambos de Machado de Assis. O artigo faz uma síntese das teses principais de cada um dos críticos e, em seguida, um cotejo de suas divergências. Depois, retomam-se os dados fornecidos por Luiz Felipe de Alencastro em “Vida privada e ordem privada no Império”, uma das principais fontes de Wisnik, para discutir algumas premissas contestáveis que comparecem nas duas leituras críticas. Ao fim, este texto analisa o modo como, invertendo a formulação de Roberto Schwarz a respeito das ideias fora do lugar, Wisnik postula um lugar fora das ideias. Defende-se que seria mais apropriado pensar em um lugar à revelia das ideias para descrever com maior precisão o que se passa no caso específico de “Um homem célebre”.

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Publicado

2021-10-01

Edição

Seção

Estudos Literários