O eu feminino diarístico em Quarto de Despejo:

diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, e a alteridade

Autores

Resumo

A literatura brasileira constitui-se, ainda, como sistema bastante fechado, em que autores(as) da margem buscam seu espaço. Nesse contexto, escritoras negras, em especial, têm lutado por reconhecimento por parte de seus pares, a fim de ocupar um espaço digno e emergir na malha canônica. Nessa perspectiva, a trajetória da escritora Carolina Maria de Jesus é precursora. Diante disso, este artigo tem a finalidade de analisar a construção do eu feminino diarístico em Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, e as relações de alteridade evidenciadas na trama narrativa. É pela percepção do eu feminino em análise que se pode compreender seu posicionamento enquanto sujeito social, seu conhecimento e sua visão de mundo e do outro enquanto mulher, negra e favelada. Carolina Maria de Jesus problematiza, de um lado, a literatura por sua posição enquanto sujeito marginalizado; e, por outro, a sociedade, por meio das relações de alteridade estabelecidas em sua narrativa, mostrando o valor estético e testemunhal de sua obra.

Biografia do Autor

Marinês Andrea Kunz, UFPB

Doutora em Letras (PUCRS), Mestre em Ciências da Comunicação (UNISINOS) e Licenciada em Letras Português/Alemão (UNISINOS). Professora e Pesquisadora na UFPB.

Damodara, Universidade Feevale

Licenciada em Letras Português/Inglês e suas respectivas literaturas pela Universidade Feevale. Graduanda do curso de Pedagogia pela mesma instituição e pós-graduanda em Educação Bilíngue e Cognição pela Instituição Evangélica de Novo Hamburgo. Atualmente, atua como professora de Língua Inglesa na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

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Publicado

2022-06-12