A RELIGIÃO ENQUANTO UM ESTRANHAMENTO IDEOLÓGICO EM LUKÁCS
DOI:
https://doi.org/10.36517/2025n37id95866Palavras-chave:
Ideologia, Estranhamento, ReligiãoResumo
Este artigo tem como objetivo principal problematizar o fenômeno da religião enquanto um estranhamento ideológico no pensamento do filósofo marxista húngaro György Lukács (1885-1971). Nesse sentido, ao tratar do fenômeno do estranhamento em sua obra Para uma ontologia do ser social (vol. II), Lukács considera que em primeiro lugar, ele é um produto do desenvolvimento socioeconômico historicamente determinado, ou seja, a base de todo estranhamento repousa no processo de produção e reprodução das condições materiais de existência humana. Em segundo lugar, como expressão subjetiva dessa base fundamental, todo estranhamento consiste, portanto, num fenômeno propriamente ideológico. Dessa forma, para Lukács, a religião enquanto um estranhamento ideológico constitui um vetor teórico e prático de conscientização da práxis social dos indivíduos, resultando assim, numa elaboração ideal da realidade, muito embora, essa forma de conscientização ideológica desconsidere a verdadeira essência ontológica constitutiva do ser social, cuja a gênese reside no processo de trabalho.
Downloads
Referências
FEUERBACH, Ludwig. A essência do cristianismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
LUKÁCS, Gyögy. Para uma ontologia do ser social vol. 2. São Paulo: Boitempo, 2013.
MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2010.
___________. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010.
MARX, Karl e ENGELS, Fredrich. A sagrada família: a crítica da crítica crítica – contra Bruno Bauer e consortes. São Paulo: Boitempo, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Antonio Marcondes dos Santos Pereira, Eduardo Ferreira Chagas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0), que permite o compartilhamento não comercial, sem modificações e com igual licença do trabalho, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).







