Título Padrão
DOI :
https://doi.org/10.36517/psg.v16i1.95909Mots-clés :
Leonilson; Fetichismo; Artes visuais; Estética; Gay.Résumé
Neste artigo, reflito sobre práticas de BDSM na obra do artista cearense Leonilson a partir da mostra “Leonilson: agora e as oportunidades”, que ocorreu de 23 de agosto a 17 de novembro de 2024, no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Diante de um “Leonilson tardio” e a partir das obras Slave (1990), O que você desejar, o que você quiser eu estou pronto para servi-lo (1990) e Don’t be sweet; use violence with me (1991), busco na melancólica ideia de “citacionismos” do artista uma experiência estética do sadomasoquismo erótico para além da representação do desejo. Nesses três trabalhos, defendo que o desejo e o fetiche são as próprias obras apresentadas. Como pode a obra artística de Leonilson contribuir na imaginação de uma visualidade do BDSM, principalmente, em um momento depois da AIDS e através da experiência gay na Geração de 80?
Téléchargements
Références
ALVES, Ricardo Henrique Ayres. Artes Visuais e AIDS no Brasil: histórias, discursos e invisibilidades. 2020. 446 f. Tese (Doutorado em Artes Visuais) –, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.
AZEVEDO, Wilma. Sadomasoquismo sem medo. São Paulo: Iglu, 1998.
BERSANI, Leo. Is the rectum a grave? October, v. 43, p. 197-222, 1987.
BESSA, Marcelo Secron. Os perigosos: autobiografias e AIDS. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002.
CARDOSO FILHO, Jorge. Uma matriz comunicacional da sensibilidade. In: MENDONÇA, Carlos Magno Camargos; DUARTE, Eduardo; CARDOSO FILHO, Jorge. Comunicação e Sensibilidade: pistas metodológicas. Belo Horiozonte: PPGCOM/UFMG, 2016. p. 37-53.
CASSUNDÉ, Bitu; RESENDE, Ricardo. Leonilson: sob o peso dos meus amores. Porto Alegre: Fundação Iberê Camargo, 2012.
COLLING, Leandro. A vontade de expor: arte, gênero e sexualidade. Salvador: EdUFBA, 2021.
DIDI-HUBERMAN, Georges. O que nos vemos, nos olha. São Paulo: Editora 34, 1998.
FACCHINI, Regina.; MACHADO, Sara. Praticamos SM, repudiamos agressão: classificações, redes e organização comunitária em torno do BDSM no contexto brasileiro. Sexualidad, Salud y Sociedad, n. 14, p. 195-228, 2013.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 2: O uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
GARCIA, Wilton. Homoerotismo & imagem no Brasil. São Paulo: Nojosa, 2004.
GRUNVALD, Vi. Prazeres perigosos: erotismo, gênero e os limites da sexualidade. Cadernos de Campo (São Paulo-1991), v. 27, n. 1, p. 406-414, 2018.
JÚNIOR, Hudinilson; ROSSI, Simone. Cadernos de referências de Hudinilson Júnior. ARS (São Paulo), v. 21, n. 47, p. 9-31, 2023.
LAGNADO, Lisette. Leonilson: são tantas as verdades/so many are the truths. São Paulo: Projeto Leonilson, 2019.
LOPES, Denilson. Afetos: estudos queer e artifício na América Latina. E-Compós, Brasília, v. 19, n. 2, p. 1-16.
LOPES, Denilson. Mário Peixoto, antes e depois do Limite. São Paulo: e-galáxia, 2021.
LOPES, Denilson. Nós, os mortos: melancolia e Neo-Barroco. Brasília: Sette Letras, 1999.
LOPES, Denilson. O homem que amava rapazes. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002.
MESQUITA, Ivo. Leonilson: use, é lindo, eu garanto. São Paulo: Cosac & Naify, 1997.
MELLO, Jader; ALMEIDA, Gabriela. Diário de um homem-peixe: as fronteiras entre o biográfico e o autobiográfico em A Paixão de JL, de Carlos Nader. Ciberlegenda, n. 35, p. 137-153, 2017.
PEDROSA, Adriano. Leonilson: truth, fiction. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2014.
RUBIO, Augustín Pérez. Leonilson: corpo político. São Paulo: Almeida & Dale, 2023.
SONTAG, Susan. A doença como metáfora. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia a atualidade. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Ribamar José de Oliveira Junior 2025

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
