Plausibilidade conceitual e a racionalidade da crença teísta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.94847

Palavras-chave:

Plausibilidade conceitual. Plausibilidade indutiva. Fecundidade explicativa. Conceito de Deus.

Resumo

Neste artigo, apresento uma defesa da plausibilidade conceitual, entendida como uma forma epistêmica de qualificar conceitos que os situa entre o meramente possível e o atual. Para mostrar que existe plausibilidade conceitual, faço referência ao que parece estar no cerne de muitos usos da expressão “conceito plausível”: fecundidade explicativa. Na tentativa de argumentar a favor da afirmação de que a plausibilidade conceitual é de interesse filosófico, apresento um argumento baseado no debate sobre a racionalidade da crença teísta e o conceito de Deus. Para mostrar que a plausibilidade conceitual é filosoficamente viável, primeiro mostro que ela não pode ser reduzida à plausibilidade proposicional. Em seguida, ofereço uma caracterização minimamente precisa da plausibilidade conceitual; eu abordo isso tanto de uma perspectiva qualitativa como comparativa. Por fim, mostro como esses critérios qualitativos e comparativos de plausibilidade conceitual podem ser aplicados ao debate sobre a racionalidade da crença teísta e o conceito de Deus.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ricardo Silvestre, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Doutor em Filosofia pela Universidade de Montreal, Canadá (2005). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Oxford (Faculdade de Filosofia), Reino Unido (2017), na condição de academic visitor. Também foi visiting scholar no Centro de Estudos Hindus de Oxford (Reino Unido, 2024), no Centro de Filosofia Comparada da Universidade Estadual de San José (EUA, 2020), na Universidade de Notre Dame (EUA, 2006) e na Universidade do Québec (Canadá, 2000). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande, membro do programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador sênior da Universidade de Brasília, e líder do grupo de pesquisas Lógica e Religião. É membro da Sociedade Brasileira de Lógica (SBL), da Associação Brasileira de Filosofia da Religião (ABFR) e da Associação de Lógica e Religião (Logic and Religion Association). Tem experiência nas áreas de Filosofia da Religião, Lógica Filosófica, Filosofia Indiana e Filosofia da Mente.

Referências

AVENA, N. M.; RADA, P.; HOEBEL, B. B. Evidence for sugar addiction: behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, n. 32, p. 20-39, 2008.

BOUDREAUX, D.; CRAMPTON, E. Truth and Consequences: Some Economics of False Consciousness. The Independent Review, n. 8, p. 27-45, 2008.

CARNAP, R. Logical foundations of probability. 2. ed. Chicago: University of Chicago Press, 1962.

CARNAP, R. Remarks on induction and truth. Philosophy and Phenomenological Research, n. 6, p. 590-602, 1946.

EDWARDS, S. Three concepts of suffering. Medicine, Health Care and Philosophy, n. 6, p. 59-66, n. 2003.

GÖCKE, B. Concepts of God and models of the God-world relation. Philosophy Compass, n. 12, 2017.

HABERMAS, J.; REHG, W. Contributions to a discourse theory of law and democracy. Cambridge: Polity Press, 1997.

IVANI, S. What we (should) talk about when we talk about fruitfulness. European Journal for Philosophy of Science, n. 9, p. 3-18, 2019.

KING, J. Structured propositions. In: ZALTA, E. N. (Ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy. 2019. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/sum2019/entries/propositions-structured/.

KOCH, S. Carnapian explications, experimental philosophy and fruitful concepts. Inquiry, n. 62, p. 700-717, 2019.

KUHN, T. Objectivity, value judgement, and theory choice. In: The Essential Tension: selected studies in scientific tradition and change. Chicago: University of Chicago Press, 1977. p. 320-339.

LARSON, G. Hindu theology: materialism, dualism and the philosophy of yoga. International Journal of Hindu Studies, n. 17, p. 181-219, 2013.

MARGOLIS, E.; LAURENCE, S. Concepts. In: ZALTA, E. N. (Ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/sum2019/entries/concepts/.

MURPHY, G. The Big Book of Concepts. Cambridge: MIT Press, 2002.

OWEN, H. Concepts of Deity. London: Macmillan, 1971.

POST, J. Infinite regresses of justification and of explanation. Philosophical Studies, n. 38, p. 31-52, 1980.

QUINN, P. Value and the good life. Faith and Philosophy, n. 19, p. 385-390, 2002.

RUSSELL, B. Principles of mathematics. 2. ed. New York: Norton, 1903.

SCHLECKER, M. The architectures of planetary systems: population synthesis meets observations. Doctoral Dissertation. Max Planck Institute for Astronomy, 2021.

SHULTS, F. Religious family systems. Theology after the birth of God. New York: Palgrave Macmillan, 2014. p. 113-147.

SILVESTRE, R. Inductive plausibility and certainty. In: TREPCZYNSKI, M. (Ed.). Philosophical approaches to the foundations of Logics and Mathematics. Leiden: Brill, 2021. p. 194-210.

SLATER, M. Ethical naturalism and religious belief in “The Moral Philosopher and the Moral Life”. William James Studies, n. 2, p. 1-47, 2007.

SWINBURNE, R. Is there a God? Revised edition. Oxford: Oxford University Press, 2010.

SWINBURNE, R. The existence of God. 2. ed. Oxford: Oxford University Press, 2004.

WEISS, F. Food and addiction: a comprehensive handbook. Book Review. American Journal of Psychotherapy, n. 67, p. 302-307, 2013.

Downloads

Publicado

2025-07-31 — Atualizado em 2025-10-02

Como Citar

Silvestre, R. (2025). Plausibilidade conceitual e a racionalidade da crença teísta. Argumentos - Revista De Filosofia, 17(1), 369–390. https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.94847

Edição

Seção

Tradução

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.