Um texto sobre iniciação à filosofia: a experiência foucaultiana

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.95555

Palabras clave:

Filosofia contemporânea. Foucault. Sócrates. Deleuze. Rancière.

Resumen

Seria a prática filosófica essa atividade que modifica o próprio corpo do agente implicado previamente em um movimento frente ao qual ele se reconhecia como mero espectador? Ou seria a verdade certa “experiência” de deslocamento do olhar que me permite descobrir que minha forma de vida é passível de conversão? O fato de Sócrates atestar nada saber nos dá pistas sobre a natureza do que sua filosofia entendia por conhecimento: importam os efeitos que a verdade causa na forma como se vive. Se a verdade não está nas palavras, o socratismo talvez tenha menos a ver com o desejo da verdade do que com a verdade do desejo. Tentaremos explorar essa premissa, partindo de uma leitura de Michel Foucault, e através do entrecruzamento com autores franceses da contemporaneidade, como Gilles Deleuze e Jacques Rancière. Em suas críticas, apontamentos e contribuições, traçamos formas de pensar o que poderia compor uma vida verdadeiramente comprometida com a filosofia e, mais que isso, de que maneira pode ela ser encarada como legítima nos espaços que ocupa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Claudio Medeiros, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Filósofo, escritor, tradutor e angoleiro. Também é professor adjunto de filosofia na Universidade Federal Fluminense (UFF), e professor colaborador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGF-UFRJ). É coordenador do Máquinas de tempo: laboratório de oralituras e pós-colonialidade (CNPq). Realiza atualmente pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense (PFI-UFF).

Gustavo Silva dos Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Graduado, mestre e doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integra o Laboratório Filosofias do Tempo do Agora (Lafita/CNPq), Laboratório X de encruzilhadas filosóficas (CNPq/UFRJ), Máquinas de tempo: laboratório de oralituras e pós-colonialidade (CNPq/UFF) e Manguezal: filosofias & poéticas afrodiaspóricas, além de também ser membro do GT Deleuze/Guattari da ANPOF. Pesquisa as articulações entre Metafísica, Ontologia e Ética, com particular interesse no pensamento de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Achille Mbembe, Frantz Fanon e Paul B. Preciado.

Citas

COMITÊ INVISÍVEL. Aos nossos amigos e amigas. Tradução de Edições Baratas. Brasil: Edições Baratas, 2015.

DELEUZE, G. Espinosa: filosofia prática. Tradução de Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002.

DELEUZE, G. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.

DELEUZE, G. Pensamento nômade. In: MARTON, S. (Org.). Nietzsche hoje? Colóquio de Cerisy. Tradução de Milton Nascimento e Sônia Salzstein Goldberg. São Paulo: Brasiliense, 1985.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2. Vol. 4. Tradução de Suely Rolnik. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2012.

FOUCAULT, M. A coragem da verdade. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. Tradução de Márcio Alves da Fonseca e Salma Muchail. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. 12. ed. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz e Terra, 2023.

GOLDMAN, M. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 445-476, 2003.

HADOT, P. O que é a filosofia antiga? Tradução de Dion D. Macedo. São Paulo: Loyola, 1999.

LAÊRTIOS, D. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Mário da Gama Kury. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

MARTINS, L. Performances da oralitura: corpo, lugar da memória. Letras, Santa Maria, n. 26, p. 63-81, 2003.

MEDEIROS, C.; SANTOS, T.; GALDINO, V. Feitiço da racionalidade e pensamento epidérmico. Abatirá – Revista de Ciências Humanas e Linguagens, Eunápolis, v. 2, n. 4, p. 317-328, 2021.

PLATÃO. A República. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2006.

RANCIÈRE, J. A noite dos proletários. Tradução de Marilda Pedreira. São Paulo: Cia das Letras, 1988.

RANCIÈRE, J. O desentendimento. Tradução de Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed. 34, 1996.

WITTGENSTEIN, L. Tractatus Logico-Philosophicus. Tradução, apresentação e estudo introdutório de Luiz Henrique Lopes dos Santos. 3. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.

Publicado

2025-07-31 — Actualizado el 2025-10-03

Cómo citar

Medeiros, C., & Santos, G. S. dos. (2025). Um texto sobre iniciação à filosofia: a experiência foucaultiana. Argumentos - Revista De Filosofia, 17(1), 181–190. https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.95555

Número

Sección

Dossiê Foucault: vidas infames e insubmissas

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.