Um texto sobre iniciação à filosofia: a experiência foucaultiana
DOI:
https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.95555Palavras-chave:
Filosofia contemporânea. Foucault. Sócrates. Deleuze. Rancière.Resumo
Seria a prática filosófica essa atividade que modifica o próprio corpo do agente implicado previamente em um movimento frente ao qual ele se reconhecia como mero espectador? Ou seria a verdade certa “experiência” de deslocamento do olhar que me permite descobrir que minha forma de vida é passível de conversão? O fato de Sócrates atestar nada saber nos dá pistas sobre a natureza do que sua filosofia entendia por conhecimento: importam os efeitos que a verdade causa na forma como se vive. Se a verdade não está nas palavras, o socratismo talvez tenha menos a ver com o desejo da verdade do que com a verdade do desejo. Tentaremos explorar essa premissa, partindo de uma leitura de Michel Foucault, e através do entrecruzamento com autores franceses da contemporaneidade, como Gilles Deleuze e Jacques Rancière. Em suas críticas, apontamentos e contribuições, traçamos formas de pensar o que poderia compor uma vida verdadeiramente comprometida com a filosofia e, mais que isso, de que maneira pode ela ser encarada como legítima nos espaços que ocupa.
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