Por uma crítica queer-feminista ao sistema sexo/gênero: Judith Butler problematizando com Gayle Rubin
DOI:
https://doi.org/10.36517/arf.v17i1.94235Palavras-chave:
Parentesco. Heteronormatividade. Sexo. Gênero.Resumo
O pensamento da antropóloga Gayle Rubin é de suma importância para Judith Butler; isto porque muito de sua crítica à heteronormatividade na psicanálise é extraída da teoria exposta em Tráfico de mulheres. Além disso, Rubin é responsável pela análise da categoria “mulher” como sendo resultado das relações de parentesco que beneficiam e são construídas por homens. Contudo, apesar de sua colaboração inquestionável, o pensamento de Rubin sobre um “sexo natural”, que seja anterior a lei, mostra-se utópico, não raro ignorando que o sistema sexo/gênero é construído por atos performativos. Nosso interesse neste trabalho é explorar essa problematização feita por Butler a partir das reflexões de Rubin sobre a psicanálise e os sistemas de sexo/gênero, mostrando quais pontos unem e quais separam as duas autoras, ambas fundamentais ao desenvolvimento de muitas das atuais teorias queer e feministas.
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