Vivências de privação de liberdade na perspectiva de homens e implicações para o cuidado em saúde

Francisco Daniel Brito Mendes; Zaira de Andrade Lopes; Alberto Mesaque Martins; Helder de Pádua Lima; Marianna de Francisco Amorim

doi:10.15253/2175-6783.20232483199

Autores/as

Francisco Daniel Brito Mendes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-4773-5288
Zaira de Andrade Lopes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0003-4596-5714
Alberto Mesaque Martins Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-6032-3122
Helder de Pádua Lima Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-3795-6343
Marianna de Francisco Amorim Universidade Federal de Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-5338-3645

DOI:

https://doi.org/10.15253/2175-6783.20232483199

Palabras clave:

Saúde do Homem; Prisões; Prisioneiros; Direito à Saúde.

Resumen

Objetivo: compreender as vivências de privação de liberdade na perspectiva de homens e as implicações para o cuidado em saúde. Métodos: estudo qualitativo realizado com 10 homens que cumpriam pena em regime aberto. A produção de dados foi realizada por meio de entrevista individual, na qual se utilizou um roteiro semiestruturado de perguntas. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Resultados: emergiram três categorias, intituladas: Vida torta: o viver antes da privação de liberdade; Passarinho preso: ser homem privado de liberdade; e Bomba relógio: a assistência em saúde no sistema penitenciário. A privação de liberdade se revelou uma vivência marcada pela insegurança em razão da insalubridade do ambiente prisional, percepção de vulnerabilidade às doenças por parte dos participantes e negação ao direito à saúde por parte do Estado. Na falta de garantia de acesso à saúde, familiares se destacaram na organização do cuidado. Conclusão: evidenciou-se um cenário de insalubridade, vulnerabilidade às doenças e negação do direito à saúde no ambiente prisional. Contribuições para a prática: o estudo contribui para a sensibilização de profissionais atuantes no sistema prisional e ratifica a importância da garantia de direitos humanos durante o encarceramento.

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