Vivência de peritos criminais sobre vestígios forenses não preservados por profissionais da saúde e segurança
DOI:
https://doi.org/10.15253/2175-6783.20222380688Palabras clave:
Pessoal de Saúde; Serviços Médicos de Emergência; Prova Pericial; Crime; Enfermagem Forense.Resumen
Objetivo: desvelar a vivência de peritos sobre vestígios não preservados por profissionais da saúde e segurança. Métodos: pesquisa qualitativa desenvolvida com 27 peritos criminais por meio de entrevista telefônica. Os dados foram processados no Software IraMuTeQ e analisados pela Classificação Hierárquica Descendente. Resultados: foram obtidas quatro classes temáticas que evidenciaram a existência de lacuna de comunicação com o serviço pré-hospitalar vivenciada pelos peritos, os quais acreditam ser necessário treinamento desses profissionais e dos policiais. Nos casos de diferenciação entre suicídio e homicídio, os peritos vivenciam a mobilização do cadáver, além da retirada de arma do local original. Os profissionais da saúde descaracterizam o corpo da vítima e deixam no local objetos do cuidado em saúde, como luvas e seringas, enquanto os policiais descaracterizam a cena, movimentam objetos e não isolam a cena adequadamente. Conclusão: os peritos vivenciam vestígios forenses não preservados pelos profissionais de saúde e segurança na posição dos objetos e do corpo da vítima, sentem lacuna de comunicação e apontam a necessidade de treinamento e sensibilização dos profissionais. Contribuição para a prática: os achados podem redirecionar o treinamento de policiais e profissionais de saúde que atuam com situações de crime.
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