A (IN)DIRETUDE DAS TRADUÇÕES:

O CASO DE OBRAS ESCANDINAVAS PUBLICADAS NO BRASIL DE 2017 A 2021

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/rdl.v1i44.94577

Palavras-chave:

In)diretude das traduções, Paratexto do livro traduzido, Literatura escandinava

Resumo

Diversos exemplares da literatura mundial, que circularam por anos no Brasil através da tradução indireta, passaram a ser retraduzidos de forma direta, principalmente a partir dos anos 2000, o que parece revelar uma tendência de substituição da tradução indireta pela direta, ou de preferência da segunda em relação à primeira. Neste artigo, pretende-se verificar se há de fato essa tendência e, para tal, será analisado um corpus de 50 obras literárias escandinavas dos últimos trinta anos traduzidas para o português e publicadas no Brasil entre 2017 e 2021. A (in)diretude das traduções será identificada a partir de um levantamento de dados dividido em três etapas complementares: na primeira, a partir dos paratextos (Genette, 2009), especificamente dos índices morfológicos (Torres, 2014), dos livros traduzidos, o que também permitirá determinar de que forma essa (in)diretude aparece nos elementos paratextuais; na segunda, comparando informações dos paratextos dos livros traduzidos com as dos paratextos dos textos-fonte primários; na terceira, e última, a partir da busca por informações sobre o trabalho dos tradutores para identificar os pares linguísticos com que trabalham. A partir da identificação da (in)diretude dessas obras e da comparação entre a proporção de traduções diretas e indiretas nesse pequeno recorte de publicações, será possível ter uma ideia da presença da tradução indireta no mercado editorial brasileiro, verificar se ela vem diminuindo ou não e identificar de que forma ela é apresentada.

Palavras-chave: (In)diretude das traduções. Paratexto do livro traduzido. Literatura escandinava.

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Biografia do Autor

Regina Almeida do Amaral, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Estudos da Tradução com o projeto "Os olhares sobre a Amazônia na literatura brasileira traduzida para o francês entre os séculos XIX e XXI", orientada pela Profa. Dra. Marie-Hélène Catherine Torres no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde é bolsista CAPES. Na mesma instituição obteve o título de Mestra em Estudos da Tradução (2024) com a dissertação "A travessia transatlântica de Recordações e os atravessamentos em Souvenirs: uma análise descritiva da tradução de um romance de Lima Barreto", também orientada pela Profa. Dra. Marie-Hélène Catherine Torres. Graduada em Letras Língua Francesa (2021) e em Arquitetura e Urbanismo (2012) pela Universidade Federal do Pará (UFPA), atua também como revisora.

Marie Helene Torres, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Titular Aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina onde atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução. Desde 2018, atua como permanente na Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFC. Orientou 24 teses de doutorado e 26 dissertações de mestrado. Tem atividades de pesquisa, docência e extensão na área de Letras, sobretudo em Estudos da Tradução (teoria e história da tradução; literatura nacional e traduzida, entre os sistemas literários e culturais brasileiro e francês e Literatura Comparada). Possui Doutorado Pleno (com bolsa de 4 anos do CNPq) em Estudos em Tradução - Katholieke Universiteit Leuven (1997-2001), Mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e Licenciatura Dupla Português-francês pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992). Realizou Pós-Doutorado, com bolsa CAPES pela Universidade de Minas Gerais (2011-2012) e com bolsa CNPq na Université de Bordeaux Montaigne (2019-2020). Foi coordenadora da Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da UFSC de 2003 a 2007; coordenadora da Especialização em Formação de Professores de Tradução Literária da PGET/UFSC de 2008 a 2009; coordenadora do Doutorado Interinstitucional (DINTER) da PGET/UFSC com a UFPB e a UFCG de 2010 a 2014 e coordenadora do DINTER da PGET/UFSC com a UFPA de 2015 a 2020. Fez parte do PROCAD/PGET/UFSC/POSLIT/UFMG (2008-2012). Foi membro da Diretoria da Associação Brasileira de Pesquisadores em Tradução (ABRAPT) na gestão 2011-2013; vice coordenadora do GT de Tradução da ANPOLL nas gestões 2012-2014 e 2018-2021. Foi membro integrante do projeto de internacionalização Capes/PrInt/UFSC, Tradução, tradição e inovação (2018-2025). Publicou entre outros Variations sur létranger dans les lettres: cent ans de traductions françaises des lettres brésiliennes (2004, pela Artois Presses Université), Literatura Traduzida/Literatura Nacional (em coautoria, pela 7Letras em 2008), o Dicionário de Tradutores Literários do Brasil (em coautoria online), Literatura e tradução : textos selecionados de José Lambert (em coautoria, pela 7Letras em 2011), Traduzir o Brasil Literário : paratexto e discurso de acompanhamento, vol 1 (2011), Traduzir o Brasil Literário : História e crítica, vol.2 (2014). Traduziu, entre outros, A tradução e a letra ou o albergue do longínquo de Antoine Berman (1a ed. em 2007 e 2a ed. em 2013), A língua mundial: tradução e dominação de Pascale Casanova pelas editoras universitárias da UFSC e da UnB em 2021 e os relatos de viagem de Marie Octavie Coudreau Viagem ao Cuminá, ao Curuá e ao Mapuera em 2023 2024 e 2025. Ainda em 2021, publicou o livro Adrien Delpech Entrevista Póstuma-Imaginária. ATUALMENTE: é membro atuante no Projeto do CNPq com a Amazônia Comunidades Nômades/Pró-Humanidade (2023-2026) com a UFSC, UFPA, EUA, UNIFESPA e UniCV e coordena pela PGET/UFSC, o PROCAD-AMAZÔNIA de 2019 a 2025 com a UFPA e UEA. Desde 2019, é pesquisadora associada do Centrum voor Literatuur in vertaling/Research Centre for Literature in Translation, da Vrije Universiteit Brussel e Ghent University/ Bélgica e do GIRLUFI/AMERIBER da Universidade de Bordeaux Montaigne/França; e pesquisadora associada do CRIMIC/Sorbonne (Centre de Recherches Interdisciplinaires sur les Mondes Ibéro-américains Contemporains) desde 2020. Desde 2023, é responsável pelo acordo de dupla titulação entre a PGET/UFSC e a Vrije Universiteit Brussel (VUB) na Bélgica. Desde 2021, idealizou e coordena com colegas a coleção Traduzindo a Amazônia da revista Cadernos de Tradução. É Coordenadora de Convênios de Cooperação Acadêmica e Intercâmbio de Pesquisa com a Université Félix-Houphouët-Boigny (Costa do Marfim) 2022-2027; a Vrije Universiteit Brussel (Bélgica) 2024-2028; a Université Bordeaux Montaigne 2023-2028; a Université de Kamina (República Democrática do Congo) 2023-2028. É pesquisadora do CNPq.

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Publicado

2025-11-28

Como Citar

ALMEIDA DO AMARAL, Regina; TORRES, Marie-Hélène Catherine. A (IN)DIRETUDE DAS TRADUÇÕES:: O CASO DE OBRAS ESCANDINAVAS PUBLICADAS NO BRASIL DE 2017 A 2021. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 44, 2025. DOI: 10.36517/rdl.v1i44.94577. Disponível em: https://www.periodicos.ufc.br/revletras/article/view/94577. Acesso em: 5 dez. 2025.

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