Educomunicação como forma de resistência às adversidades atuais e integração da comunidade escolar da periferia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i27.71785

Palavras-chave:

Aulas remotas. Educomunicação. Pandemia.

Resumo

O presente trabalho faz parte de uma pesquisa realizada na Escola Estadual Manoel Cavalcanti Proença, localizada na periferia de Cuiabá, capital de Mato Grosso, com estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, em 2020. Sob a óptica da evasão escolar em tempos desafiadores, o artigo apresenta o paradigma educomunicação como caminho para envolver os estudantes através de uma iniciativa intitulada Mural “Árvore da Esperança”, na qual produções de desenhos, textos e poesias foram motivadas a elaboração em resposta à pergunta: “O que você espera do pós-pandemia”. A pesquisa também expõe ações que a escola pública elencou para atender os estudantes no período do isolamento social, com a suspensão das aulas presenciais. Neste contexto da pandemia da Covid-19, realizou-se a ação que une duas grandes áreas do conhecimento, com reflexões baseadas em autores da educação e da comunicação. Apesar da evasão escolar ser realidade das escolas de todo país, o momento pandêmico potencializou a infrequência de crianças e adolescentes na rotina escolar, cujas aulas ocorrem de forma remota, por aplicativos de conversação pela internet, ou por apostilas, em todas as escolas da rede estadual de ensino de Mato Grosso. A ação educomunicativa se apresentou como uma alternativa para mobilizar os estudantes a continuarem motivados a fazer parte das aulas e criar ecossistemas comunicativos com partilhas de saberes e experiências.

Biografia do Autor

Marcela Cristiane Ribeiro Brito, Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso - SEDUC/MT

Doutoranda pela Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT) no Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (Ecco). Mestre pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) pelo Programa de Mestrado em Ensino (PPGEn) do Grupo de Estudos em Educação Ambiental e Educação Campesina (GEAC). Professora de Língua Portuguesa concursada pelo Governo do Estado de Mato Grosso (Seduc-MT), atualmente é coordenadora pedagógica na Escola Estadual Manoel Cavalcanti Proença, em Cuiabá. Possui graduação em Letras - Literatura pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e em Comunicação Social - Jornalismo, pela mesma instituição federal. Atuou como jornalista em jornal impresso, radiofônico e realizou assessoria de comunicação para movimentos sociais, sindicatos e organizações. Tem experiências nas áreas de formação, docência e comunicação. Pesquisadora em Comunicação, Cultura, Educomunicação, Educação e Educação Ambiental. 

Ronaldo Eustáquio Feitoza Senra, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - IFMT - Campus Várzea Grande

Pós-doutorado com bolsa PNPD/CAPES, na linha de pesquisa Diversidade Cultural e Educação Indígena pelo Programa de Pós-graduação em Educação-PPGE da Universidade Católica Dom Bosco-UCDB. Doutorado e Mestrado em Educação - PPGE/UFMT (2009 E 2014). Possui graduação em pedagogia pelo Instituto de Educação-UFMT (2007). Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Ensino - PPGen-IFMT, atuando na linha pesquisa de: "Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Escolar". Pesquisador do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA/UFMT, Líder do Grupo de Estudos em Educação Ambiental e Educação Campesina - GEAC/PPGen/IFMT. Participou como colaborador - Comitê Interinstitucional e Permanente da Educação do Campo - CIPEC-MT de 2010 a 2015. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - IFMT - Campus Várzea Grande, e atuou como docente por 10 anos no Campus São Vicente - Centro de Referência de Jaciara. Coordenador Adjunto do Projeto Prodocência-IFMT de 2010-2012. Participou da coordenação pedagógica de cursos de especializações lato sensu na UFMT (PRONERA/INCRA/MST) e IFMT (Educação do Campo e PROJOVEM CAMPO). Participou do Comitê Municipal de Meio Ambiente e também dos Fóruns de EJA de Jaciara-MT. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Ambiental escolarizada e não-escolarizada, Educação Campesina e do Campo, políticas públicas, formação de professores e educadores/as popular.

Thiago Cury Luiz, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Professor-adjunto do Departamento de Comunicação Social e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGCOM/UFMT), campus Cuiabá. Membro do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (Gpea). É mestre em Comunicação e bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, ambos pela Universidade de Marília. Áreas de interesse e atuação: Jornalismo, política, Educomunicação, Emergência Climática, Desinformação.

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Publicado

2022-07-06

Como Citar

BRITO, Marcela Cristiane Ribeiro; SENRA, Ronaldo Eustáquio Feitoza; LUIZ, Thiago Cury. Educomunicação como forma de resistência às adversidades atuais e integração da comunidade escolar da periferia. Revista Labor, [S. l.], v. 1, n. 27, p. 347–360, 2022. DOI: 10.29148/labor.v1i27.71785. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/71785. Acesso em: 13 dez. 2024.

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